Produções
DELICADEZA
Lucia Afonso
Publicado em 1997.
“Uma pessoa tão delicada...
Como uma chuva de cristal caindo nas rochas:
Inútil tentar segurá-la com as mãos,
Inevitável que algumas gotas se despedacem...
Tenho compaixão por ela,
É tão delicado ser delicado!
É tão duro ser delicada consigo mesma
Quando se é tão delicada...
É tão duro e tão delicado!”
CHAMA
Lucia Afonso
foi publicado em 2002.
“Naqueles dias, mato o tempo,
Pulo de Uma à Outra – Coisa.
Paro e, de repente, escrevo – Verso.
Um verso me escreve no repente
E, de novo, eu me vou no fragmento.
Hora.
Sou assim, vez por outra,
Vaga e lerda,
Meu olfato se apura e a lógica entorpece.
Cheiro palavras, provo palavras, toco palavras.
Não há no mundo um único objeto
Que não seja palavra.
E, de repente, Ela salta de mim,
Fera, anjo ou pássaro preso,
E eu sou como uma gaiola rota:
As portas escancaradas,
As grades amassadas,
O poleiro quebrado,
A comida derramada,
A vasilha de água seca...
Mas canto com as aves!"
OLHARES FOTOPOEMAS
Ana Afonso
Lucia Afonso
A obra contém foto poemas, combinando, de forma integrada, fotografia e literatura, em cartões postais, em uma proposta diferenciada. Através da linguagem poética, as autoras buscam criar OLHARES de sensibilidade para a proteção do meio ambiente como bem de uso comum e essencial para a qualidade de vida.
DOIS PEREGRINOS
NO PAÍS DA LINGUAGEM
Lucia Afonso
Publicado em 1995.
Minha reflexão está centrada na relação escritor/leitor quando a escrita tem a forma "poesia". Para iniciá-la, uma pergunta parece-me básica: Por que uma forma de expressão tão íntima é dada à publicação? Por que o escritor de um poema não o destrói assim que termina de escrevê-lo? Por que entrega a um leitor anônimo aquilo que de mais pessoal tem? E por que não se limita a ser lido por aqueles cuja proximidade afetiva possibilita que compreendam melhor a pessoa do poeta?
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